segunda-feira, 4 de maio de 2015

Vil metal

As vezes fico pensando o que leva alguém a vender seus sonhos, ideologias. A alugar seus dons, a tolher sua boca, a estuprar sua consciência, a ser manipulado, a ser robotizado. A não ter voz própria, a se transformar em um papagaio e apenas repetir frases e jargões que seu dono tanto gosta.
Hoje, infelizmente, vejo um grupo seleto de pessoas de um passado não tão distante que outrora diziam: neste braço ninguém segura, minha voz ninguém cala, eu não estou a venda! Mas você está a venda sim! É, eu sei.
Você que antes sorria, que era pura alegria, que esbanjava euforia, hoje está mais contido, anda desenxabido. Talvez, com vergonha de si.
Quem é seu dono? Sua consciência não é. Quem é seu dono? Sua alma não é. A quem você serve? Quem é seu chefe? Qual é o seu preço? Você que dizia ser forte, que era o bonzão, que se achava o tal, que não se rendia.Pura utopia!
Você se vendeu, você se rendeu,ao fino cobre, ao vil metal.

Naum Esteves.

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