quarta-feira, 20 de maio de 2015

Reforma política deve ficar para 2020



Acalentadora de esperanças para alguns e desânimo para outros, ao que tudo indica, ao menos  no meu modesto entendimento, a tão prometida reforma política, embora o projeto de lei já tenha passado pela Comissão de Constituição e Justiça, não deverá sair do papel, devendo seus efeitos serem incorporados à nossas regras jurídicas e  eleitorais somente a partir de 2020.

Faço minha aposta baseado no fato de que um mandato tampão, pelo prazo de apenas dois anos, no sentido político, administrativo e financeiro, não interessaria aos prefeitos, governadores, deputados  e senadores atuais, assim como não interessaria  aos novos pretendentes aos cargos. Além dos elevados custos, uma administração praticamente leva dois anos para mostrar a cara do seu governo e imprimir o seu ritmo trabalho.

O projeto é polêmico e, se aprovado do jeito que está, não agrada nem a situação e nem a oposição. Sem agradar à nenhum  dos lados, difícil imaginar  que haverá vontade política por parte de deputados e senadores em aprovar definitivamente a tal reforma.

Projeto pode ser ilegal

Ademais, a  inconstitucionalidade das reformas também poderia ser defendida por bons advogados dos  atuais detentores do poder, baseada  nos princípios constitucionais da segurança jurídica, da legalidade, da irretroatividade e do direito adquirido, uma vez que os atuais gestores foram eleitos dentro da regra até então vigente, que permite a reeleição, o que não poderia, em tese,  mudar até que se findasse o mandato atual e se renovasse em 2016 a possibilidade aos aptos à reeleição. 


Ou seja, as novas regras só poderiam valer a partir de 2020, assim como o voto distrital, quando as eleições seriam, então,  unificadas definitivamente, com mandatos executivos e legislativos estipulados para um período máximo de 5 anos, sem mais possibilidade de reeleição, entendimento que deve ser ratificado pelo Supremo Tribunal Federal.

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