O Menino dos Fantoches de Varsóvia - Eva Weaver
Edição: 1ª edição
Editora: Novo Conceito
Páginas: 396
ISBN: 978-85-8163-417-3
Mesmo
diante de uma vida extremamente difícil, há esperança. E às vezes essa
esperança vem na forma de um garotinho, armado com uma trupe de
marionetes – um príncipe, uma menina, um bobo da corte, um crocodilo...
O avô de Mika morreu no gueto de Varsóvia, e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho... o príncipe. E um teatro de marionetes seria uma maneira incrível de alegrar o primo que acabou de perder o pai, o menininho que está doente, os vizinhos que moram em um quartinho apertado.
Logo o gueto inteiro só fala do mestre das marionetes – até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.
O avô de Mika morreu no gueto de Varsóvia, e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho... o príncipe. E um teatro de marionetes seria uma maneira incrível de alegrar o primo que acabou de perder o pai, o menininho que está doente, os vizinhos que moram em um quartinho apertado.
Logo o gueto inteiro só fala do mestre das marionetes – até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.
Esta
é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa
continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se
entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra
existe esperança.
Quando
a Segunda Guerra Mundial chegou, a vida de Mika foi, aos poucos,
deixando de ser dele. Primeiro lhe tiraram o direito de ir à escola,
depois foi embora o direito de andar na calçada, então lhe foi imposto
que nem nas ruas da cidade ele poderia mais andar: fizeram um gueto só
pra eles - a partir dali, os judeus, a fome e a morte viveriam lado a
lado.
"O
que aconteceu conosco, com nossa bela cidade? As pessoas definhavam bem
diante de nossos olhos, cadáveres vivos encostados em paredes ou
simplesmente jogados no chão enquanto os passantes tentavam ignorar
aquela situação."
Foram
dias difíceis naquele pequeno apartamento do gueto: o que jantaremos?
será que sobreviveremos até o fim do dia? Com o apoio de sua mãe e de
seu avô, Mika tentava não ceder à insanidade. Quando seu avô Tatus
faleceu, Mika teve acesso ao pequeno tesouro que havia sido guardado a
sete chaves até então: o casaco e seus inúmeros bolsos misteriosos.
Dentro de cada bolso, uma surpresa; a cada duas surpresas, um fantoche.
A
cada dia, Mika se isolava mais, passando horas e horas apenas na
companhia dos fantoches, os únicos que pareciam entender sua tristeza e
sua revolta. Como se o destino tentasse aplacar a solidão o assolava
nessa época, chegaram novos moradores na casa: uma família de estranhos
que pediu refúgio e Cara - tia de Mika -, juntamente com Ellie e Paul,
seus dois filhos.
Mika
conseguiu manter seus fantoches em segredo por pouco tempo; sua paixão
por Ellie fez com que ele abrisse seu mundo e a convidasse para entrar.
Aos poucos, todos do gueto foram conhecendo as belas histórias que Mika e
Ellie produziam com seus fantoches: os moradores da casa, as
criancinhas do orfanato, os vizinhos e, até mesmo, os soldados alemães.
Num golpe de azar, Mika acabou sendo descoberto por Max, um soldado
alemão, e, a partir deste dia, passou a fazer apresentações semanais aos
"ratos", como ele os chamava.
"Assim
eram os dias de Mika, o menino dos fantoches do gueto, quando ninguém, a
não ser Ellie, sabia sobre a minha vida dupla: Mika divertia as
crianças e, ao mesmo tempo, alimentava o monstro que devoraria todas
elas."
A
rotina seguia assim, até que... começaram as deportações. Os judeus
eram colocados em caminhões e levados a estação de trem; oNo fundo, todo
sabiam qual destino os aguardava. Desde então, as pessoas dormiam e
acordavam com medo. A cada dia, uma novidade pronta para exterminar os
judeus de uma só vez. Mas Mika era resistência. Ellie era resistência.
Eles iriam resistir, só não sabiam até quando.
E
assim continua o livro. Uma reviravolta atrás da outra (você não
consegue nem ter ideia do que pode acontecer na página seguinte!), uma
marcante luta de sobrevivência que nos mostra o que a humanidade pode
fazer contra si mesma. Mas nem só de barbaridades é composta a trama.
Durante a leitura, me deparei com inúmeros personagens altruístas que
davam um exemplo de humanidade. E qual não foi minha surpresa ao
descobrir que muitos desses personagens realmente existiram?! Um grande
exemplo é Janusz, o diretor do orfanato que ganhou salvo conduto durante
as deportações mas decidiu acompanhar suas crianças até o fim, mesmo
sabendo que o fim era a morte.
Esse é o lado de Mika da história. Mas e Max? O que aconteceu com o soldado alemão que acompanhou Mika diariamente até a base militar, que contrabandeou remédios para as crianças do orfanato, que permeava Mika de desconfiança (afinal, ninguém sabia se Max era um homem ou um rato)? O livro também nos conta o que aconteceu com Max e como, anos depois, o destino volta a cruzar a história do homem/rato com a do menino.
Esse é o lado de Mika da história. Mas e Max? O que aconteceu com o soldado alemão que acompanhou Mika diariamente até a base militar, que contrabandeou remédios para as crianças do orfanato, que permeava Mika de desconfiança (afinal, ninguém sabia se Max era um homem ou um rato)? O livro também nos conta o que aconteceu com Max e como, anos depois, o destino volta a cruzar a história do homem/rato com a do menino.
"Max
parou diante de um pequeno altar cheio de velas acesas e
tremeluzentes. - As pessoas as acendem para os mortos, como você sabe -
ele explicou ao príncipe. - Mas quantas velas nós precisaríamos
acender?"
Os
detalhes encontrados durante a leitura fizeram eu me perguntar várias
vezes se aquilo era mesmo ficção; não é possível que alguém descreva tão
bem um local ou uma situação sem ter estado lá de corpo e alma! A
autora fez um belo trabalho transformando anos de estudo sobre a Segunda
Grande Guerra em uma bela história de amor e sobrevivência.
A
história não tem um clímax propriamente dito (adoro quando os autores
fazem isso!). A cada momento, você se vê diante de uma nova situação em
que o desfecho é totalmente inesperado. Fugas, revoltas, explosões,
mortes, beijos, despedidas. Tudo isso torna esse livro um daqueles que
você quer ler de uma vez só, sem parada para descansar.
O
Menino dos Fantoches de Varsóvia é o tipo de livro que vai deixar você
com um aperto no peito depois de ler a última página, espero que você goste tanto quanto eu. Boa leitura!
A menina que rouba livros
Livro
“A Menina que Roubava Livros” é aquele livro que
te prende, sim. E é também aquele livro que te faz odiar o autor, por ser tão
cruél. É aquele livro que te faz pensar no quão injusta é a vida e em como
devem ter sido difíceis os tempos de guerra. A menina que roubava livros, a
sacudidora de palavras, a Liesel Meminger. Você se emocionará com a história
dessa menina… Os últimos capítulos vão chegando e seu coração padece a cada palavra
lida. A cada segundo gasto… A história de Liesel é um conto que merece ser
lido. Então, como a frase que é slogan do livro diz: “quando a Morte
conta uma história, você deve parar para ler.” Leia. Vale o tempo gasto.
Filme
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