segunda-feira, 6 de junho de 2016

Vereador evangélico distribui cartilhas para alertar pais sobre “o perigo da ideologia de gênero”

Vereador evangélico distribui cartilhas para alertar pais sobre “o perigo da ideologia de gênero”

A cidade de Uberaba (MG) reprovou a adoção da ideologia de gênero como parte da grade curricular das escolas municipais, e agora, alunos da rede municipal vêm recebendo uma cartilha explicativa sobre o que é essa corrente ideológica.

A emenda à Lei Orgânica do Município proibiu a discussão de questões ligadas à ideologia de gênero nas escolas, e a distribuição da cartilha por iniciativa do vereador Samuel Pereira (PR), que é evangélico, gerou acusações de homofobia e machismo ao político.

De acordo com informações do jornal Correio Braziliense, a cartilha “Ideologia de Gênero – Entenda o risco que você e seus filhos estavam correndo”, diz que “como não estão conseguindo mudar a cabeça da população, inventaram novos recursos para nos sabotarem”, e assevera que dentre os movimentos ideológicos atuais, “o mais disfarçado e perigoso é a ideologia de gênero”.

Em outro ponto, a cartilha destaca os perigos do ensino da ideologia de gênero: “Pai e mãe, existem organizações muito ocupadas em destruir nossa família. Dizem que o povo é muito fora de moda e precisamos deixar os ensinamentos dos antigos e nos abrirmos às novidades”, alerta.

O vereador afirmou à imprensa local que fez a distribuição da cartilha “em locais onde identificou ideologia de gênero” presente. Didático, o material usa linguagem simples e ilustrações, explicando que a ideia de que ninguém nasce homem ou mulher “é um absurdo”.

Contrária à cartilha, a educadora Larissa Martins divulgou nas redes sociais que o material vinha sendo distribuído e criticou a iniciativa do vereador, afirmando que o conteúdo vai “contra os direitos humanos e a diversidade de sexo e gênero”.

A Câmara Municipal divulgou nota afirmando que “a discussão foi democrática, com espaço aberto para exposição de pensamentos de todos os segmentos”, e que por isso, não vê preconceito ou intolerância no material divulgado pelo vereador.

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