segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Nota de Esclarecimento - Maternidade Carmosina Coutinho


A diretora geral da Maternidade Carmosina Coutinho (MCC), Juliana Linhares, convocou uma reunião nesta segunda-feira, dia 18, com médicos e enfermeiros que atenderam a paciente Cleidiane Feitosa Nogueira, do Povoado Nazaré do Bruno, grávida de nove meses, que deu entrada para dar à luz no sábado, dia 16, às 6h30. Também esteve presente na reunião o marido de Cleidiane, Manoel Rodrigues Santos Filho, acompanhado por Andreia Damasceno.

Atualmente, todo paciente tem direito e a maternidade pede que uma pessoa acompanhe a gestante durante o processo de parto, ficando em uma sala de pré-parto, recebendo todas as informações sobre o que está acontecendo com a paciente por meio dos médicos e enfermeiros. No caso de Cleidiane Feitosa, o esposo Manoel Rodrigues delegou a função à cunhada da parturiente, Maria de Fátima Aline dos Santos Silva. Quando os médicos avaliaram a gestante e constataram que o bebê estava morto na barriga da mãe, ela foi a primeira a saber, por ser, legalmente, a pessoa que acompanhava a paciente.

Durante o parto cesariana, os médicos retiraram um natimorto do sexo masculino. A partir daí, foram realizados todos os procedimentos para garantir a saúde e bem-estar da mãe. No histórico de Cleidiane Feitosa, consta que ela não fez o pré-natal completo e que já havia perdido um filho, em uma gravidez anterior, quando estava no oitavo mês de gestação.

Logo em seguida à cirurgia, a acompanhante, indicada pelo pai, autorizou que o bebê fosse posto em um caixão providenciado pelo Serviço Social. Devido ao mau cheiro, a urna foi lacrada e entregue ao pai, Manoel Rodrigues.

No atestado de óbito emitido pela MCC no domingo, dia 17, consta como causas da morte: hidropsia fetal, corioamnionite e infecção aminiótica. A parturiente Cleidiane Feitosa ainda se encontra recebendo os cuidados da maternidade internada para a boa recuperação do procedimento pós-cirúrgicos.

Na reunião desta segunda-feira, o marido de Cleidiane, Manoel Rodrigues, levantou a possibilidade de que a morte do bebê tenha ocorrido devido a uma falha no atendimento anterior realizado na gestante, na segunda-feira, dia 11. Segundo o pai, a paciente teria sido avaliada por um médico e mandada para casa. Tanto o médico como o enfermeiro que fizeram o atendimento garantem ter seguido todos os procedimentos que o caso exigia, comprovando tudo por meio de documentos contidos no prontuário de Cleidiane, até mesmo um pedido de ultrassom.

Segundo os funcionários da maternidade, o exame de ultrassom para saber como estavam os sinais vitais do bebê não foi realizado porque a paciente saiu da maternidade antes que o procedimento acontecesse. Já o marido de Cleidiane, Manoel Rodrigues, garantiu que o médico não pediu o exame e se contentou em analisar um ultrassom feito em outra ocasião. Após isso, pediu que o casal fosse para casa e retornasse uma semana depois.

Manoel Rodrigues é morador do Povoado Nazaré do Bruno, mas desde o dia 20 de novembro de 2015 estava na residência do irmão na sede de Caxias, no bairro São Francisco, hospedado com a esposa. De acordo com Manoel, na sexta-feira, dia 15, Cleidiane apresentou uma forte febre, mas só no sábado, dia 16, retornou à maternidade, dando entrada às 6h30.

Em vista da divergência de versões entre Manoel Rodrigues e o médico que fez o atendimento, a diretora geral da MCC, Juliana Linhares, orientou que o marido de Cleidiane procurasse uma delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência (B.O) e pedir a exumação do corpo do bebê.

Após o resultado do laudo pericial, caso seja identificado que o bebê morreu devido à negligência de atendimento no dia 11, a MCC tomará todas as medidas cabíveis junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN) para que os responsáveis sofram as punições previstas por lei.

A Maternidade Carmosina Coutinho se solidariza com a perda dos pais e está trabalhando para que a saúde de Cleidiane Feitosa se reestabeleça o mais rápido possível. Neste processo, o marido da paciente ficará alojado na MCC, recebendo auxílio do Serviço Social e da área de psicologia da maternidade.

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