Os kits de exames que detectam a dengue e a febre chikungunya estão em
falta no Hospital de doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina. A
unidade de saúde é única que realiza esse teste no Piauí.
E por causa da falta desses kits, os pacientes que chegam ao hospital
com a suspeita destas doenças são obrigados a fazer o exame sorológico
comum que leva alguns dias para disponibilizar o resultado.
O diretor de vigilância da Secretaria de Saúde, Herlon Guimarães, afirmou que o material deverá ser comprado em breve.
"Nós vamos fazer a aquisição destes kits para que possamos desafogar as
unidades hospitalares e disponibilizar os testes também nas unidades de
saúde do interior do estado porque assim poderemos fazer uma triagem dos
casos. É importante dizer que o teste rápido não é definitivo, pois ele
é usado para que possamos atender a população mais rápido e
encaminhá-la logo para o Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí
(Lacen) e assim analisar que tipo de vírus o paciente tem", comentou.
A funcionária pública Francisca das Silva teve dengue no ano passado e
nem gosta de lembrar dos sintomas da doença. "Era muita dor de cabeça,
moleza no corpo e muita febre", lembrou.
Ela conta que esperou três dias pelo resultado do exame que detecta a
presença do vírus da dengue. "Eu fiz o exame no hospital do Buenos
Aires, na Zona Norte de Teresina. O médico orientou que deveria receber o
resultado dentro de 24 horas, mas a atendente do hospital disse que lá
não tinha papel e tive que fazer o exame em outro local. O resultado só
saiu depois de três dias", disse.
O infectologista Kelson Veras explicou que quando a dengue é grave o
paciente apresenta uma queda importante da pressão que pode chegar ao
óbito, caso não seja tratada rapidamente.
"A pessoa tem febre inexplicável, vômitos, dores abdominais, sensação
de desmaio e precisa procurar urgentemente o serviço médico de saúde.
Ainda não existe um tratamento especifico para dengue”, afirmou o
médico.
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