Entre os prejuízos causados ao município, houve devastação do distrito de Gesteira e destruição de equipamentos públicos, obras de infraestrutura, redes de saneamento e de abastecimento de água, além de escolas. Além do bloqueio do dinheiro, a Samarco e suas controladoras Vale e BHP Billiton deverão apresentar, em até 30 dias, projetos para recuperar, em seis meses, os bens públicos e de infraestrutura danificados na cidade.
Segundo os promotores de Justiça Thiago
Fernandes de Carvalho e Bruno Guerra de Oliveira, autores da ACP, "de
todos os municípios atingidos pela barragem, sem dúvida alguma, o
município de Barra Longa foi o mais atingido e destruído, quando se leva
em conta os bens e equipamentos públicos que foram danificados".
A ação na Justiça ocorre paralelamente a negociações para um acordo
entre a Samarco e o governo brasileiro, que envolveria o processo
indenizatório de 20 bilhões de reais por danos causados pelo rompimento
mortal de uma barragem de rejeitos.
A
avalanche de lama deixou pelo menos 17 mortos, inundando centenas de
quilômetros de vales fluviais em dois Estados (Minas Gerais e Espírito
Santo) e atingindo o Rio Doce e o Oceano Atlântico.
Contatada, a Samarco confirmou a ordem judicial e disse que "está adotando as medidas judiciais para revertê-la".
A empresa afirmou que defende a revogação do bloqueio como "medida
necessária para que possa dar continuidade às ações que já estão em
andamento para mitigar os impactos sociais e ambientais decorrentes do
acidente".
Vale e BHP não comentaram o assunto imediatamente.
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